As mãos

 As mãos. O pulso. Os dedos e todas as suas articulações e músculos.

Há sessões que me levam até elas. Que me pedem que lhes dedique tempo, toque, atenção, estímulos, pressão, mobilização.
Às vezes vou lá parar por causa de um meridiano que começa ou termina ali.
Outras vezes, vou lá parar por causa de articulações inflamadas, deformadas, com dor, formigueiro, ardor, picadas...
Outras ainda, vou lá parar porque são veículo de expressão nossa, no nosso dia-a-dia, em tudo o que “fazemos”.
São veículos do “fazer acontecer”, da acção concretizada, da força de vontade ou de vontade contrariada (porque nem sempre fazemos coisas por nossa vontade e, muitas vezes, fazemos porque nos pedem ou até contrariados).
As mãos que também são veículo de receber, de aceitar o que nos dão.
As mãos que também são fonte de gestos e de comunicação não verbal.
As mãos que parecem uma extremidade tão sensível do nosso corpo.
As mãos com o seu potencial manifestador e destruidor.
Gosto de cuidar delas, quando as sessões me pedem. Gosto de lhes dedicar largos minutos.

*

As mãos que, muitos de nós, sentimos atadas, neste momento de pandemia. As mãos que muitos não podem usar para “fazer”, nem para receber ou agradecer.
Hoje, penso nelas e envio algum tipo de vibração que as possa massajar e cuidar.



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